Por que fazer análises de água de poços e nascentes?

Á água é um recurso natural indispensável para a manutenção da vida na terra. Serve como fonte de suprimento humano, animal e vegetal.
Proveniente de fontes diversas, e recurso amplamente disponível no planeta Terra, vale ressaltar que nem toda água existente é própria para consumo humano e animal.

Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Resolução CONAMA Nº 357 de 17 de Março de 2005 as águas são classificadas segundo a sua concentração de sais disponíveis (salinidade). Águas doces são águas com salinidade igual ou inferior a 0,5%. São as águas provenientes de aquíferos, mananciais e poços e abastecem a população em geral e são utilizadas para consumo humano, animal e irrigação de plantas.

No post de hoje vamos falar sobre a importância da análise de água de poços e nascentes.

DE ONDE VEM À ÁGUA DOCE?

A água doce, conforme classificação da Resolução CONAMA é a água utilizada para consumo, humano e animal devido às suas baixas concentrações de sais. Pode receber tratamentos para desinfecção e remoção de partículas impróprias para o consumo, em sistemas municipais de abastecimento (ETAs), visando atender aos padrões de potabilidade definidos em legislação específica. Águas doces podem ainda, serem classificadas em superficiais e subterrâneas, de acordo com sua localização.

• ÁGUAS SUPERFICIAIS: como o próprio nome diz, são águas que se acumulam na superfície. São águas de rios, lagos, riachos e mares.
• ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: são águas que ocorrem naturalmente ou artificialmente no Subsolo (CONAMA 396, 2008).

As águas subterrâneas são extraídas através de poços ou diretamente das nascentes. Segundo um estudo realizado pelo Trata Brasil em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) em 2019, as águas subterrâneas são críticas para a segurança hídrica global, já que nesses aquíferos encontram-se 97% das águas doces e líquidas do planeta, o que as torna o maior reservatório de água potável da humanidade.

A obtenção destas águas ocorre através de poços ou aproveitamento direto das nascentes.
Ainda, segundo o estudo divulgado pelo Trata Brasil, atualmente se desconhece a quantidade do volume de água extraído de fontes subterrâneas, devido à clandestinidade com que muitos poços são escavados. Apesar da obrigatoriedade por lei do registro e/ou de autorização de extração (outorga) de água, o número de captações regulares e legais é de pouco mais de 1%, no caso dos poços tubulares.
Poços não legalizados e que não atendem os requisitos legais de construção, podem entre outros problemas, apresentarem sérios riscos à saúde dos consumidores devido às chances de contaminação da água extraída por atividades existentes nos arredores (esgotos, deposição de resíduos sólidos, armazenamento de produtos e combustíveis etc.) ou por características naturais da rocha.

IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES DE ÁGUA DE POÇOS E NASCENTES

Ao extrair água para consumo diretamente de fontes e nascentes o consumidor deve avaliar a qualidade da água que está sendo obtida.
As águas subterrâneas podem estar expostas a condições não ideais e serem facilmente contaminadas. Seja via aplicação de agrotóxicos em plantações acarretando em infiltração no poço, seja pelo acúmulo de resíduos, dejetos e consequente contaminação cruzada e até mesmo pela própria característica natural da rocha.

Conhecer as condições da água antes da sua utilização é fundamental para que o consumidor não seja surpreendido com problemas se saúde decorrentes de uma água imprópria para consumo ou mal tratada.

O Ministério da Saúde publicou de 07 de Maio de 2021 a Portaria Nº 888 a qual estabelece os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano em estações de tratamento e seu padrão de potabilidade. Nesta legislação, estão contemplados aproximadamente 130 parâmetros com seus respectivos valores máximos aceitáveis. A água extraída de fontes e poços deverá ser analisada seguindo os parâmetros da Portaria, e para ser considerada potável (apta para consumo sem riscos à saúde) deverá apresentar resultados inferiores ou iguais aos estabelecidos na legislação para cada ensaio.

CONTRATAÇÃO DE UM LABORATÓRIO DE CONFIANÇA PARA REALIZAR AS ANÁLISES

Definir um laboratório responsável para realizar a análise da água é uma etapa muito importante para o consumidor. O Laboratório escolhido deve ser capaz de assegurar resultados confiáveis embasados em processos analíticos rastreáveis, utilizados de padrões certificados, equipamentos calibrados, equipe de analistas qualificada e um sistema de gestão de qualidade sólido e robusto.
A demonstração do compromisso do Laboratório com a qualidade de seus resultados pode ser fundamentada pelas suas certificações.
No Brasil, a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro – Cgcre é o organismo responsável por avaliar e conceder o reconhecimento formal da competência de um laboratório para desenvolver suas atividades de acordo com requisitos preestabelecidos.
Laboratórios acreditados atendem aos requisitos determinados em norma assegurando ao cliente confiabilidade dos resultados analíticos gerados.

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