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Água de qualidade: qual o processo?

11 out 2021

A qualidade da água para consumo é necessária para garantir saúde à toda humanidade, além de animais e da própria natureza. As análises físico-químicas e microbiológicas evidenciam os padrões de qualidade da água para consumo em todos os processos.

A água de qualidade e a vida na terra:

A água é um dos principais recursos naturais que o ser humano possui para sua sobrevivência. E não apenas do homem, mas toda a natureza depende da água para manter-se viva. A água doce, rios e lagos, são o habitat natural de peixes e algas, além de um recurso utilizado também pelo homem.

Os mares, além de possuírem uma infinidade de seres vivos, contribuem também para o equilíbrio da temperatura da Terra. O ser humano é um dos principais beneficiários deste recurso, utilizando-o para:

- Consumo;
- Cozimento de alimentos;
- Higienização própria e dos ambientes;
- Utilização na indústria.

Com isso, devemos preservá-la para que todo o ecossistema não seja afetado.

A importância da água potável para o ser humano:
O acesso à água limpa e segura é um direito que todo ser humano tem garantido pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. A Organização das Nações Unidas aprovou uma resolução no ano de 2010, que define a água potável como um bem tão essencial quanto a vida e a liberdade.

A própria ONU trabalha para garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água potável e do saneamento para todas as pessoas. Porém, cerca de dois terços da Terra está coberta de água, sendo em torno de 97% desse total de água salgada. Sendo assim, não potável para o consumo humano.

Conheça os processos de análises de potabilidade da água:
A água para consumo precisa seguir alguns padrões e possuir componentes importantes para a saúde.

No Brasil, a legislação que define os padrões de potabilidade de água para consumo humano é a Portaria Nº 888. A norma, publicada em de 07 de Maio de 2021, determina que água potável é aquela que não oferece riscos à saúde. Para a verificação da potabilidade da água, análises físico-químicas e microbiológicas são implementadas a fim de assegurar a ausência de riscos.

Desenvolvido em 1970 pela National Sanitation Foundation nos Estados Unidos, o Índice de Qualidade das Águas (IQA) é utilzado para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos.

Os parâmetros que atestam a qualidade da água são divididos em físicos, químicos, biológicos, orgânicos e inorgânicos.

Parâmetros físico-químicos:
Os indicadores analisados se referem à:

- Temperatura: são verificadas algumas importantes propriedades da água, como o oxigênio dissolvido, a densidade e a viscosidade da água.
- Sabor e odor: para ser consumida, a água deve ser inodora (sem cheiro) e insípida (sem sabor). Caso esse padrão não esteja correto, alguns fatores podem alterar a qualidade da água, como presença de algas, vegetação em decomposição, bactérias, esgotos domésticos e industriais nas proximidades.
- Cor: a água também deve ser incolor, ou seja, não pode apresentar intensidade de cor superior a 15 uH (Unidade Hazen ou mgPt-Co/L) . A cor na água pode ser causada por diversos fatores, entre eles metais, decomposição de matéria orgânica, algas e também pela presença de esgotos.
- Turbidez: esse parâmetro físico mede a propriedade de visualização de absorção e reflexão da luz. A quantidade de partículas em suspensão podem interferir na propagação da luz pela água, e a medição correta deve ser inferior a uma unidade.
- Sólidos Dissolvidos totais: através da PORTARIA GM/MS Nº 888, DE 4 DE MAIO DE 2021que aponta que o valor máximo permitido é de 500 mg/L.
- Condutividade elétrica: este padrão ainda não foi definido por nenhuma legislação, já que não oferece riscos à saúde humana. Esse índice mede a capacidade que a água tem de conduzir eletricidade, que é maior ou menor dependendo da quantidade de íons dissolvidos nela.
pH: um dos mais importantes parâmetros, o pH da água indica a presença de resíduos nela, sendo 7 o valor adequado para o consumo humano. O pH baixo (menor que 7) torna a água ácida, enquanto o pH alto (maior que 7) torna a água alcalina.
- Alcalinidade: refere-se à capacidade que a água possui de neutralizar os ácidos, que podem dar sabor desagradável à água se apresentados em grande quantidade.
- Dureza da água: o valor máximo permitido de sais alcalinos terrosos ou de metais bivalentes é de 300 mg/L, do contrário, presença de sabor e efeitos laxativos podem ser resultados da dureza da água.
- Cloretos: 250 mg/l é o valor máximo da dissolução de minerais, da presença de águas do mar, ou ainda de esgotos, que são prejudiciais à saúde humana se introduzidos em alta quantidade.
- Ferro e manganês: essas substâncias dão sabor metálico e coloração à água: tonalidade avermelhada (ferro) e marrom (manganês). A concentração máxima permitida na água para consumo humano é de 0,3 mg/l para o ferro, e de 0,1 mg/l para o manganês.
- Nitrogênio Amoniacal: tem efeitos ambientais nocivos ao promover o crescimento abundante de algas e plantas aquáticas, causar déficit de oxigênio nos cursos receptores e apresenta toxicidade às formas de vida aquática. Aceitável até 1,2 m/L.
- Fósforo: O principal efeito do aumento da concentração de fósforo nas águas superficiais é a eutrofização, responsável pelo aparecimento de cianotoxinas (microcistinas). As microcistinas (MC) constituem um risco para a saúde pública, havendo então uma grande necessidade de evitar a contaminação das águas com fósforo.
- Fluoreto: em grandes quantidades, essa substância pode acarretar em machas e alterações na estrutura óssea nos dentes. Se estiver em níveis abaixo de 1,5 mg/L, o Fluoreto pode ser um importante aliado do ser humano, ajudando a combater a cárie dental.
- Oxigênio (dissolvido): é um fator limitante para manutenção da vida aquática e de processos de autodepuração em sistemas aquáticos naturais. Indispensável para plantas e animais aquáticos que vivem em águas naturais, o oxigênio pode demonstrar que a água é de qualidade.

Parâmetros biológicos:
São dois os principais indicadores analisados:

- Coliformes totais e Escherichia coli: níveis elevados de coliformes indicam que a água possui microrganismos patogênicos. Sendo assim, o padrão indicado é Ausência por 100 ml.
- Algas: apesar de exercerem o importante papel de produzir oxigênio no ambiente aquático, as algas podem introduzir sabor, odor, turbidez e toxicidade à água se estiverem em grandes quantidades.

Parâmetros Orgânicos e inorgânicos
Por fim, os principais índices orgânicos e inorgânicos da água são:

- Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO): essas análises verificam a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria orgânica, seja por ação de bactérias aeróbias, seja através do uso de agentes químicos, sendo a DQO maior que a DBO.

Além destes, há ainda componentes orgânicos e inorgânicos na água, como os metais pesados tóxicos ao homem e os agrotóxicos.

O tratamento convencional da água é composto, geralmente, de cinco etapas, a saber:

- Coagulação e Floculação: que agrupam as impurezas presentes na água em partículas maiores que, posteriormente, são removidas pelo processo de decantação. Sulfato de Alumínio e o Cloreto Férrico são os reagentes utilizados neste processo, que pode conter ainda a etapa de correção do pH da água

- Decantação: utiliza-se a ação da gravidade para separar as partículas agrupadas, conhecidas como flocos, da água.
Filtração as unidades filtrantes recebem a água decantada filtração, capaz de reter e remover as impurezas ainda presentes na água pela própria estrutura do filtro, constituído de um meio poroso granular (areia) que é instalado sobre um sistema de drenagem.

- Desinfecção: são usados agentes físicos ou químicos conhecidos como desinfetantes (cloro, ozona, luz ultravioleta e íons de prata) que tem a função de destruir microrganismos patogênicos capazes de transmitir doenças ao ser humano.

- Fluoretação: essa etapa é realizada por meio de compostos à base de flúor, e contribui para diminuir a incidência de cárie dentária em até 60%.

Qualidade da água na indústria alimentícia:
Como dissemos, a água não é utilizada apenas para o consumo in natura, mas para a fabricação e o preparo de alimentos. Portanto, é fundamental que toda indústria que produz e manipula alimentos se atente a essas padronizações.

A presença da água na manipulação dos mais variados tipos de alimentos pode trazer saúde ou prejuízo a quem os consome. Sendo assim, todo cuidado é necessário para garantir a segurança dos alimentos em todos os processos de industrialização. Então, é indispensável que os procedimentos de amostragem e análises físico-químicas sejam realizados por uma empresa confiável.

O Terranálises possui alta capacidade técnica, eficiência e emprego de tecnologia em todas as operações. Um dos principais laboratórios de análises físico-químicas do Brasil, o Terranálises tem experiência e transparência comprovadas. Fornecemos laudos seguros e totalmente confiáveis, a fim de que sua indústria tenha o melhor resultado.

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