Como é feita a análise de solo? - Terranalises

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Como é feita a análise de solo?

11 maio 2022

Aos agricultores ou produtores agrícolas que desejam sucesso em sua plantação, é fundamental que realizem a análise de solos todos os anos antes da produção de safras. As análises garantem as informações sobre a qualidade do solo. A interpretação desses dados leva o produtor à tomadas de decisões mais acertadas em relação aos procedimentos que deve adotar e traz contribuições econômicas para sua produção.

Por que fazer a análise de solos?

A análise de solos é um procedimento importante para o produtor rural. Com os resultados fornecidos pela análise o produtor tem conhecimento suficiente para trabalhar. Portanto, ela é um guia para o agricultor nortear suas atividades.

A análise de solo pode apresentar dados físicos e químicos da amostra coletada da área a ser avaliada.. Podem ser analisados:

Tamanho das partículas como areia e argila presentes na área;
- pH do solo;
- Saturação por alumínio;
- Macro e micro nutrientes (cálcio, magnésio, potássio, fósforo, alumínio, entre outros).

Após a coleta das amostras, a porção coletada é enviada a um laboratório de análises agrícolas. O Laboratório é responsável por emitir um relatório contendo os resultados analíticos dos elementos solicitados para aquele solo.

Com os resultados em mãos, o produtor poderá avaliar se há necessidade de correção do solo para melhorar a qualidade do terreno antes do plantio. A falta de nutrientes, o excesso de acidez, a presença de detritos e outras substâncias podem prejudicar o plantio. Neste caso, é possível realizar ações de correção que beneficiem o solo utilizando calcário e fertilizantes, por exemplo.

Essas correções não podem ocorrer indiscriminadamente, podendo acarretar outros prejuízos para o agricultor. A perda de qualidade do terreno, o uso excessivo de fertilizantes e o desperdício de recursos para recuperação do solo são prejudiciais. Os danos podem ser constatados tanto na qualidade dos produtos e frutos colhidos da terra, quanto nas finanças do produtor. Portanto, a fim de evitar perdas e despesas necessárias, a melhor recomendação é, justamente, a análise de solos.

A análise de solos é um procedimento importante para se dar início ao cultivo. Portanto, existe um período que é considerado ideal para se realizar a análise. O período de seca e estiagem é considerado o melhor momento do ano para se fazer a coleta e a análise. Ou seja, entre os meses que compreendem as estações de outono e inverno.

Todavia, esse prazo deve respeitar os três (03) meses antes do semeio, plantio ou transplantio. Ainda assim, existem algumas diferenças entre as pastagens, e isso também deve ser levado em conta na hora de determinar o período ideal.

Processos para fazer a análise de solos:

1. Amostragem
1.1 Divisão da área em glebas
Antes de fazer a análise de solos é necessária a realização da divisão da área total do terreno para que seja feita a coleta das amostras de forma representativa. São partes coletadas dessas glebas (como são chamadas essas divisões), que serão submetidas à análise. Isso é fundamental porque a área total se caracteriza como heterogênea, enquanto as glebas são homogêneas.

A delimitação das glebas será feita de acordo com alguns parâmetros, como:

- Textura
- Coloração
- Relevo
- Vegetação
- Adubação e calagem
- Histórico de manejo

É imprescindível que o terreno de onde serão retiradas as amostras esteja limpo e livre de resíduos. Pedras, capim, cupinzeiros, galhos, resquícios de queimadas, depósito de fezes e adubos, restos culturais entre outros podem prejudicar os resultados. Durante a limpeza do terreno, deve-se tomar atenção para que a camada superficial do solo não seja removida.

Demarcadas as glebas que serão analisadas, é hora de iniciar o processo de amostragem em si, ou seja, de coleta das amostras.

1.2 Coletando amostras simples nas glebas
Percorrendo o terreno em zigue-zague, a retirada das amostragens é feita de forma aleatória. O responsável pela coleta deve utilizar as ferramentas ideais para realizar o procedimento, a fim de não oferecer riscos aos resultados.

Para retirar as amostras do solo de cada área homogênea, o indivíduo deve coletar entre 15 e 20 amostras simples. As sub-amostras coletadas devem compor uma única amostra de cada produtividade, contendo cerca de 300 gramas cada. O que vai determinar a quantidade a ser retirada é a profundidade do preparo do solo que será realizado posteriormente. O responsável pela coleta deve:

1 - Abrir uma cova em forma de cunha. Este buraco deve ter cerca de 17cm a 20cm de profundidade;
2 - Logo depois, toda a terra deve ser retirada de dentro e reservada;
3 - Com um instrumento apropriado, que pode ser uma pá-de-corte, uma fatia da cova deve ser retirada. Esse pedaço de terra tem espessura de 2 a 5 centímetros;
4 - Com a fatia de terra sobre a pá, ela deve ser cortada em três partes iguais, descartando as bordas;
5 - Para finalizar, deve-se colocar a porção central em um saco ou balde de plástico limpo.

Vale lembrar que este procedimento também pode ser feito utilizando um trado, porém, com algumas diferenças. Para cada local de amostragem, o responsável pela coleta deve:

1 - Introduzir o trado no solo. A profundidade deve ser a mesma, de 17 a 20 centímetros;
2 - O próximo passo é a retirada do trado do solo sem fazer o movimento de giro ou torção;
3 - A porção de terra retirada dele deve ser introduzida no saco plástico ou no balde.

Todas as amostras devem ser identificadas com o uso de etiquetas, contendo diversas informações. O local de coleta, nome do solicitante e da propriedade, o endereço e o número da amostra são algumas delas. Outros dados estão relacionados à data da coleta, a profundidade, a cultura existente, o que será plantado na área e o tipo de relevo.

1.3 Instrumentos utilizados para fazer a coleta de solos
Os instrumentos mais frequentemente utilizados são trados (de rosca, calador, caneca, holandês, fatiador) e a pá-de-corte. Além dele, um recipiente limpo e seco, como um saco plástico, deve ser usado como depósito do material coletado.

Coletando amostras compostas:

As amostras compostas são porções de terra provenientes dos diferentes locais de amostragem misturadas dentro do balde. Trata-se da mistura (homogeneização) de várias amostras simples das quais são retiradas cerca de 500 gramas de terra.

Alguns procedimentos fundamentais devem ser observados, com o propósito de garantir os resultados fidedignos.

1 - A amostra composta deve ser seca à sombra em local ventilado;
2 - Em seguida, deve ser colocada em um saco plástico limpo;
3 - Junto ao saco plástico, deve ser anexado um cartão contendo as informações da amostra, conforme dito anteriormente;
4 - A amostra composta deve ser enviada ao laboratório de análises ambientais, juntamente com o cartão com os dados do solo e da amostragem.

2. Análise
2.1 Métodos de Análise de Solo:

Existem diversos mecanismos que o laboratório pode lançar mão para realizar a análise química do solo. Com o objetivo de diagnosticar a fertilidade do solo, os procedimentos são classificados em três grupos:

- Fator intensidade: avaliação da quantidade do nutriente na solução do solo;
- Fator quantidade: em equilíbrio com o elemento da solução, este processo avalia a quantidade do nutriente presente na fase sólida em que o solo se encontra;
- Fator intensidade e parte do fator quantidade: Métodos que avaliam a dissolução seletiva da fração sólida do solo.

Além de existir diferenciação em relação aos métodos de análise de solo, há igualmente diferentes soluções extratoras. Sendo assim, também existem diferentes mecanismos de extração dos elementos, podendo ser:

- Ácida (HCl, HNO3)
- Salina (NH4Cl, KCl)
- Quelante (DTPA, EDTA)
- Combinações entre si (RAIJ et al., 2001)

2.2 Calibração da análise
Após serem retiradas e enviadas ao laboratório, as amostras de solo podem ser analisadas por métodos químicos e físicos, de acordo com o ensaio solicitado. Os métodos químicos, utilizam soluções ou resinas extratoras, que determinam o maior número possível de elementos do solo. O método indica não apenas a quantidade de nutrientes no solo, bem como a disponibilidade que ele possui. Ou seja, quanto aquele solo pode fornecer de determinado elemento. A solução extratora simula, então, o que as raízes da planta fariam no solo.

Entretanto, antes da escolha do método a ser utilizado, é necessário fazer a calibração da análise do solo pelos pesquisadores. Ou seja, é preciso correlacionar dois fatores, a saber:

O teor do elemento que a análise indicou para o referido solo;
A produtividade obtida para a cultura naquele solo ou em outro solo que possua o mesmo teor do elemento.

As chamadas curvas de calibração são estudos que apontam a quantidade correta de adubação. Como resultado dessas pesquisas, é gerado um relatório ou uma tabela com as recomendações necessárias. O trabalho de análise do solo somado à pesquisa das curvas de calibração fornecem informações quanto à qualidade do solo. Entre elas, as quantidades de nutrientes presentes na amostra. Os resultados apresentados apontam se o solo tem baixo, médio ou alto teor de determinado elemento.

2.3 Relatório de análise
Após a análise laboratorial ser finalizada, agora é a hora de fazer a interpretação dos resultados. Diferentes extratores de um mesmo elemento podem apresentar resultados distintos e de difícil comparação. Portanto, é fundamental garantir que o extrator químico ao qual o dado da análise se refere é relativo ao método empregado.

Tenha como parceiro um laboratório de confiança:

Os resultados obtidos com a análise de solos são um meio fundamental para se conhecer as características do terreno a que se destinará o plantio. É essencial que o produtor rural ou agricultor escolha com atenção o laboratório que será responsável pelas análises do seu solo.

É imprescindível que este laboratório realize controles de qualidade, seja de confiança e trabalhe com ética e seriedade. Totalmente técnica e profissional, a análise de solos é uma atividade indispensável para a rotina de um empreendimento agrícola. Os resultados contribuem para a manutenção da saúde e da qualidade do solo. E não somente isso, os processos de amostragem permitem um maior conhecimento do produtor sobre sua terra.

Portanto, o Terranálises Laboratório de Análises Ambientais figura como a opção certa para o produtor rural. Confiança, ética e transparência são normas padrões dos trabalhos do Terranálises.

O Terranálises participa de diversos programas de qualidade de solos e tecido vegetal e é acreditado perante a Norma 17025:2017 para solos com fins de fertilidade. Dentre os programas de controle, destacam-se:

- Rede Oficial de Laboratórios de Análise de Solo e de Tecido Vegetal dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (ROLAS);
- Comissão Estadual de Laboratórios de Análises Agronômicas (CELA-PR)
- Programa de Qualidade de Análise de Solo do Instituto Agronômico de Campinas (IAC)
- Programa de Análise de Qualidade de Solos de Fertilidade Embrapa (PAQLF)
- Programa Interlaboratorial de Análise de Tecido Vegetal (PIATV);

Para todos os procedimentos utilizamos equipamentos de alta tecnologia, que otimizam a performance dos trabalhos. Com profissionais e técnicos altamente capacitados, o Terranálises assegura a qualidade e confiabilidade de seus serviços.

Entre em contato com nosso time de especialistas, tire suas dúvidas sobre a análise de solos, e solicite agora mesmo um orçamento.

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